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William Waack
Jornalista.
Não vejo o fenômeno chamado de fake news como algo excepcionalmente moderno, embora esteja na moda nesta segunda metade de 2018. Tão na moda a ponto de instituições acadêmicas, empresas e, principalmente, empresas jornalísticas se empenharem em criar verdadeiros “departamentos” para combater notícias falsas. A palavra, importada do inglês, tomou conta do vocabulário político brasileiro e virou até termo corriqueiro, que as pessoas usam entre si não necessariamente como referência a processos políticos. A grande responsabilidade pela maneira como o “fenômeno” tomou conta da discussão política, sobretudo no Brasil, devese exatamente ao papel dessas empresas jornalísticas, especialmente as maiores delas e dominantes no mercado de informação, entretenimento e publicitário.
Há um problema inicial em definir exatamente o que significa a expressão fake, originalmente entendida como falsificação, manipulação, informação mentirosa. Nesse sentido, para ficar apenas nos processos político-eleitorais, fake news é uma ocorrência tão antiga como a própria existência de eleições ou disputas políticas nas quais a disseminação de conteúdo a favor ou contra sempre fez parte das ferramentas para vencer o confronto. Nesse contexto estamos apenas designando pelo nome da moda fake o que sempre se conheceu como difamação, calúnia, injúria ou, simplesmente, como desinformação – espalhar boato, rumores, cuja capacidade de se alastrar (coisa que hoje se conhece pela expressão “viralizar”) dependia dos mesmos fatores que se registram na virulência ou não com que se propagam fakes hoje: na aparência …
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